domingo, 25 de março de 2012

AMOR INTENSO


AMOR INTENSO

Uma história de um casal que se conheceram com16 anos e passaram 18 anos vivendo um intenso amor a distancia sem saber o paradeiro um do outro.
Viveram uma vida de disfarce, fuga e engano, com muita procura e sofrimento.

Tudo teve inicio em uma noite de reveon em uma praia de matinhos no Paraná.
Carla estava com suas primas curtindo o som do tio elétrico, cada moça com um namorado, só Carla estava sozinha, pois tinha esperança de encontrar seu príncipe encantado. O tempo estava passando à hora dos fogos chegando e as primas de Carla pulando ao som do trio elétrico abraçadas com seus namorados, Carla ficou de braços cruzados sem animo só olhando as primas se divertirem, logo o volume do som abaixa e o cantor começa a contagem regressiva, o povo se reúne em torno do carro de som, começa o foguetório e Carla fica no meio da multidão, ela olha para cima e fica encantada com tanta beleza das estrelas artificiais misturadas com as naturais havia uma chuva de estrelas todas coloridas. Carla fica olhando para cima de boca aberta com tanta beleza quando percebe alguém em sua frente para ela, Carla fecha a boca abaixa a cabeça bem devagar e a multidão desaparece ela não vê e não ouve mais nada além daquele príncipe loiro de olhos azuis cabelos curtos úmidos divididos ao meio de roupas brancas e descalço com um sorriso nos lábios que realçava ainda mais seu charme, ele se aproximou olhando nos olhos de Carla que brilhavam intensamente, ela perdeu totalmente a noção não falava não ouvia nem mesmo sentia os pés no chão, começou a beijar o rapaz sem pensar em nada os dois ficaram se beijando e dançando uma musica lenta ao som do pagode do carro de som. O tempo passou a festa acabou e os dois ficaram ali se beijando quase a noite toda, Carla deixou que o rapaz a conduzisse, pois não queria mais se desgrudar dele, o rapaz a conduziu até a beira da praia, eles se deitaram na areia e abraçados se beijando Carla o abraçava forte, o rapaz tirou a camiseta e Carla passava as mãos sobre as costas dele e sentia cada vez mais vontade de sentir todo aquele corpo em seu corpo, a calça era de elástico na cintura Carla introduzia as mãos por dentro da calça dele sentindo as nádegas e deslizava as mãos sobre o corpo dele, o rapaz passou as mãos pela cintura dela e fui subindo retirando a blusa dela, ele deslizava seu corpo sobre o corpo dela, o coração dela batia forte e o desejo aumentava, ela segurou a cintura da calça dele e ele subiu passando seu corpo sobre o corpo dela chegando com o pênis até entre os seios, depois ele voltou se escorregando e foi beijando a testa a boca os seios o umbigo a virilha, ele baixou a calça de Carla e beijou a vagina e continuou beijando as coxas os joelhos e os pés, depois voltou sem roupas e passando as mãos sobre o corpo nu de Carla, ela abraçou e o beijava intensamente sentindo todo o corpo dele em seu corpo, ela sentia um aperto na virilha e seu coração batia forte quando ela sentiu aquele corpo lindo e gostoso entrando, Carla o abraçou com as pernas e beijava suspirando e querendo mais ela sentia o rapaz introduzindo e retirando lentamente, seu corpo tremia muito até que ela sentiu o orgasmo, eles se viraram de lado e abraçados dormiram.
Quando amanheceu Carla acordou com seu pai a segurando pelo braço e com uma cinta surrava seu corpo nu, seus dois irmãos segurando e batendo em seu namorado que também estava nu e com o rosto coberto de sangue, enquanto Carla apanhava seus irmãos colocaram o rapaz em um barco e foram para o alto mar, Carla assustada com as pernas manchadas de sangue por ter entregue sua virgindade, pegou suas roupas e saiu correndo e seu pai prometeu outra surra ao chegar em casa. Carla correu até a saída da cidade pegou uma carona e foi para Curitiba capital do Paraná jurando nunca mais por os pés naquela uma praia. Carla chegou à capital sem conhecer ninguém com fome com sede e sem dinheiro ficou caminhando pela rua sem saber o que fazer foi quando ela conheceu alguns meninos de ruas e passou a viver com eles, Carla aprendeu como viver nas ruas, uma semana depois passou mal e foi levada para o hospital onde ficou sabendo que estava grávida. Carla ficou desesperada sem saber o que fazer, chorava como criança que seria possível ouvir a distancia, mas ao mesmo tempo sentia felicidade, pois era fruto de um lindo sonho que foi destruído pela sua família. Carla se acalmou e depois conversou com seus colegas de ruas e pediu se eles poderiam ajudar-la com a gravidez e com a criação da criança.
O jovem rapaz pelo qual Carla ficou apaixonada foi levado ao auto mar, quando os dois desalmados irmãos de Carla foram jogar-lo ao mar ele ficou desesperado dizendo não saber nadar, como a intenção deles não era matar-lo e sim fazer sofrer bastante levaram ele até a uma ilha, surraram muito e o deixaram caído na areia, o rapaz ficou desacordado até que a maré subiu e começou a molhar o rosto dele, então ele acordou e foi para um ponto mais auto da pequena ilha e ficou olhando a maré subir, de repente a água cobriu toda a ilha e o rapaz ficou desesperado e começou a gritar por socorro, mas ninguém podia ouvir, pois para todo o lado que se olhasse só via água, então ele se ajoelhou e começou a rezar, a maré subiu até cobrir seus pés e voltou a baixar. O sol estava muito forte a maré baixou e o rapaz foi para dentro da água, pois era verão dia primeiro de janeiro estava muito quente e ele estava sem roupas, no final do dia ele avistou uma lancha vindo em sua direção, ele começou a gritar até que percebeu que tinham visto, quando a lancha chegou eram os guarda vidas procurando por ele os homens deram uma toalha para ele se enrolar e perguntaram:
         -Qual é seu nome rapaz?
         -Meu nome é Carlos.
         -O que você faz sozinho e pelado nesta ilha?
O jovem disse que uns bandidos tinham levado ele até a ilhar surrado e deixaram-no na ilha desmaiado sem roupas, mas não descreveu os homens nem como era o barco porque eram irmãos da moça pela qual ele teria ficado apaixonado.
Carlos foi levado para o hospital para fazer curativos e ficou o tempo todo quieto, pois só conseguia pensar naquela linda moça, nem se lembrava mais da surra que tinha levado, ele foi levado para casa e seus pais queriam saber o que havia acontecido, Carlos contou a mesma historia que havia contado para os guarda vidas, seu pai queria ir a delegacia registrar um boletim de ocorrência, mas Carlos se recusou.
Seus pais resolvem voltar para a casa da cidade, Carlos pensando em encontrar sua amada novamente pediu para ficar mais uns dias na praia, ele ficou com alguns amigos, todos os dias ele chamava seus amigos e caminhava sobre a orla da praia procurando sua amada, mas ele só via os irmãos dela, então ele desconfiou que ela foi proibida de vir à praia, assim ele resolveu seguir os irmãos para descobrir onde moravam, quando chegou próximo a casa Carlos ficou olhando a distancia, todos os dias ele vinha no mesmo local e esperava, mas nada de sua amada aparecer, então ele começou a perguntar aos vizinhos sobre a moça, assim ele descobriu que desde o acontecido como eles na praia ela não voltou para casa, todos garantiram que ela não estava na praia, pois o local era muito pequeno e a policia estava procurando por ela e não conseguia encontrar. Então Carlos foi até o local onde eles tinham passado a noite juntos para ver se ela aparecia por La, mas ela não apareceu ele ia todos os dias naquele local até que perdeu as esperanças e teve que retornar para a cidade.
Carlos se dedicou aos estudos, não saia mais de casa perdeu o interesse em festas jogos etc. só conseguia pensar naquela linda moça, então ele resolveu escrever um livro baseando no que havia acontecido com ele. Carlos escreveu vários livros e deixava guardado em uma caixa bem fechada para proteger das traças. O tempo passou Carlos se formou advogado e nunca se casou, teve varias namoradas, mas nunca esquecia aquela linda moça da praia.
Carla teve uma boa gestação, pois teve muita ajuda de seus colegas de rua, ela fez pré natal no posto de saúde e teve um lindo bebê, forte, saudável e nomeou como Amado, mas não registrou, ele cresceu junto com os meninos de rua aprendendo toda a malandragem, mas Carla reuniu todos e pediu que nunca ensinassem o menino a roubar ou fazer maldade.
Amado cresceu ficou conhecido por todo o centro da cidade sua mãe ensinou a ler e escrever ele fez amizades com os comerciantes e com 10 anos de idade um comerciante chamada hilário, dono de uma loja de componentes eletrônicos pediu para ele distribuir uns panfletos que depois daria um dinheiro, o menino aceitou e passou a distribuir panfletos de todos os comércios da redondeza assim ele ganhava dinheiro para comprar o que comer para ele e para sua mãe, o dinheiro que sobrava ele pediu opinião para o senhor Hilário, o comerciante que gostava muito dele, sugeriu que como ele não tinha idade e nem certidão de nascimento não podia ter conta bancaria então para não perder dinheiro com a desvalorização ele podia comprar dólares, o menino pediu que seu amigo comerciante comprasse os dólares para ele, pois ele precisava guardar para alguma emergência, como eles viviam na rua estavam sujeitos a quaisquer doenças, mas o tempo passou e ninguém ficou doente assim ele ficou com um bom dinheiro guardado, pois não tinha como gastar, não podia comprar eletrodoméstico, pois morava na rua e não tinha onde colocar. O menino Amado sempre ficava nos semáforos entregando os panfletos; certo dia ele foi entregar um panfleto a um homem em um carro de luxo ele se aproximou e ofereceu o panfleto, mas o homem nem abaixou o vidro, ele percebeu que o motorista parecia estar com medo então ele viu um homem no banco de trás com atitude estranha o menino foi à parte de traz do veiculo e usando um pequeno canivete que havia ganhado e sem que o carona o visse furou o pneu do veiculo, o motorista olhando pelo retrovisor viu toda a ação, depois o menino foi até um policial e disse que tinha um veiculo com o pneu furado e o motorista não parava então o policial foi até o carro e deu sinal para encostar, quando o motorista parou o carona desceu do carro e saiu correndo, o policial correu atrás e deteve o sujeito então descobriu que se tratava de um seqüestro, por isso o dono do veiculo queria recompensar o menino amado de alguma forma, o menino disse que não precisava de recompensa porque morava na rua e ganhava o dinheiro que precisava trabalhando com distribuição de panfletos disse ainda que não fumasse não bebia e não usava drogas também não tinha onde guardar dinheiro, portanto não precisava de recompensas. O homem percebendo que ele era um menino educado inteligente e de confiança ofereceu para ele um emprego de caseiro em sua casa de praia, pois estava precisando de alguém de confiança para cuidar da casa pagava dois salários só para o menino morar na casa. Amado disse a principio que aceitaria o emprego, mas antes teria que falar com sua mãe. O homem deu um cartão para o menino com o numero do telefone para que ele ligasse depois de falar com sua mãe que ele mandaria um carro para buscar-los onde estivessem. Amado voltou para casa todo animado para contar para sua mãe o acontecido que iriam sair das ruas e morar em uma casa e ganhar um bom salário que poderia fazer a certidão de nascimento e ir à escola. Quando Amado disse que a casa era na praia Carla disse que não podia morar naquela praia porque havia jurado nunca mais voltar naquele lugar, o menino perguntou o porquê e Carla contou que foi naquela praia que conheceu o pai dele e foi La que o pai dele foi assassinado, então Amado decidiu não ligar para o homem.
Carlos trabalhava como advogado do estado e como era solteiro ainda morava com seus pais, certo dia ele resolveu organizar seu quarto e encontrou os livros que tinha escrito, então ele procurou uma editora e viu a possibilidade de editar-los, depois de editado ele divulgou seus livros na faculdade onde estudou e em breve estava conhecido por toda a cidade, um dia ele recebeu um convite para participar de uma feira literária para sessão de autografo e ficou surpreso em saber que era tão conhecido de repente aparece em sua frente pedindo autografo uma linda mulher muito parecida com sua inesquecível amada da praia, Carlos perguntou o nome dela e autografou, para Sirlei com carinho e junto anotou o numero de seu telefone celular. No dia seguinte a moça ligou, Carlos ficou muito feliz e a convidou para um jantar ele se produziu passou um bom perfume e foi ao encontro, chegando ao restaurante a moça estava na porta e disse não ter gostado do ambiente e pediu para irem a outro local, então foram a uma pizzaria, tomaram vinho conversaram bastante e depois marcara outro encontro para o dia seguinte, assim começaram o namoro, mas Carlos estranhava o fato de Sirlei não gostar de freqüentar os lugares mais chiques da cidade. Depois de algum tempo de namoro Carlos disse que queria conheceu a família dela porque queria se casar, Sirlei disse que seus pais moravam muito distantes e não tinha como se comunicar com eles, mas ela tinha mais de 21 anos de idade não precisava pedir para os pais, Carlos comprou um par de alianças e marcou o casamento para ser realizado em seis meses, Sirlei disse que seis meses era muito tempo queria se casar já na próxima semana, Carlos disse que antes de se casar queria falar com a família dela por isso marcou com tanto tempo. Sirlei não disse nada o tempo passou e quando faltava apenas um mês para o casamento Carlos pediu o endereço dos pais de Sirlei, porque os dois iriam até eles para fazer o pedido de casamento, pois queria fazer tudo nos conformes para que depois os pais dela não dissessem que se casaram sem a permissão. Sirlei se vendo se saída, disse que seus pais eram falecidos e não disse antes porque não queria que Carlos soubesse que ela era órfã, com isso Carlos começou a ficar desconfiado, pois não sabia nada sobre ela, não sabia onde morava não conhecia nenhum parente dela nem amigos não sabia nada do passado dela. Certo dia Carlos a convidou para jantar em um restaurante chique, chegando ao local Sirlei se recusou a entrar disse que não gostou do local, Carlos disse que não tinha nada errado com o local que já tinha jantado ali e a comida era muito boa por isso queria jantar ali novamente. Sirlei disse que Carlos podia jantar ali que ela iria para casa porque ela não iria passar bem naquele restaurante. Carlos disse que não era certo ela o deixar jantando sozinho, pois ele queria jantar com ela naquele restaurante. Sirlei vendo que não tinha outro meio entrou com ele no restaurante, enquanto eles jantavam Carlos notou que algumas pessoas olhavam para eles e conversavam em voz baixa e sua namorada também estava de cabeça baixa e não falava nada, após o jantar Carlos se ofereceu para levar-la para casa, mas como sempre ela se recusou disse que não estava se sentindo bem e que preferia ir de taxi, Carlos chamou um taxi e mandou Sirlei para casa disse que no dia seguinte voltaria a se encontrarem, Carlos voltou para dentro do restaurante e foi até as pessoas que os olhavam e perguntou o que estava acontecendo, um deles puxou uma cadeira e pediu para que ele se sentasse e perguntou:
-         Aquela moça que estava jantando com você é sua esposa?
-         Ainda não, mas a partir do mês que vem será por quê?
-         Porque nós todos aqui somos ex maridos dela.
-         Como assim ex marido? Ela não me falou que era separada.
Um outro falou:
-         Se ela falasse que já tinha se casado quatro vezes e que o casamento durou apenas um ano cada você ficaria com ela?
-         Talvez sim ou talvez não eu nem sei.
-         Então fala para ela que vocês vão se casar somente no religioso, diga que o casamento no civil não da sorte.
-         Por quê?
-         Porque ou garanto para você que ela vai dizer que a religião dela não realiza o casamento sem antes se casarem no cível.
-         Vocês estão me dizendo que ela é uma golpista?
-         Nós quatro aqui caímos no golpe dela.
-         Então é por isso que ela não queria entrar neste restaurante?
-         Ela escolhe as vitimas sempre em ambientes assim, por isso ela se recusa a entrar, para não ser reconhecida.
-         Então me dêem os números dos celulares de vocês que eu irei desmascarar ela.
No dia seguinte Carlos se encontrou com Sirlei e passearam por todos os pontos turísticos da cidade, em um momento Carlos perguntou há quanto tempo ela morava na cidade ela respondeu que fazia um ano e meio que tinha saído da casa de seus pais, Carlos perguntou se ela teve muitos namorados onde ela morava, ela disse que ele era o primeiro e o único namorado da vida dela.
Carlos não disse nada, continuou o namoro, se divertiram, viajaram bastante e quando faltava apenas cinco dias para o casamento Carlos disse a ela que iriam se casar apenas no religioso porque seus pais e seus avôs se casaram no civil só depois que nasceu o primeiro filho e ele pretendia fazer o mesmo para dar sorte.
Como Carlos já estava esperando ela disse:
-         Mas é que minha religião não realiza casamento sem a certidão do casamento no civil.
-         Então nos casaremos na minha religião.
-         De modo algum, eu só me caso na minha religião.
-         Eu não vou me casar no civil sem antes ter o primeiro filho.
-         E eu não vou ter filhos antes de me casar no civil.
Assim começaram a primeira discussão e Carlos acabou dizendo que tinha falado com seus ex maridos e que sabia que ela só queria dar o golpe, mas com ele iria quebrar a cara, pois tudo que ele tinha estava no nome dos pais. Carlos terminou o namoro entrou no carro e foi embora a deixando a pé.
No dia seguinte Sirlei ligou para o celular de Carlos e ele disse que não tinha mais nada para conversar e desligou, mas ela ligou novamente em seguida, ele tornou desligar, ela ligou uma terceira vês então ele desligou o celular para não receber mais ligações, algumas horas depois ele ligou de volta, em alguns minutos ela voltou a ligar, ele desligou o celular novamente e voltou a ligar só no dia seguinte, mas logo ela ligou novamente, então ele resolveu se encontrar com ela uma ultima vez.
Chegando ao local marcado Sirlei estava esperando e ao lado dela tinha um homem estranho conversando com ela, Carlos parou ao lado, mas quando ela abriu a porta o homem entrou e Sirlei ficou fora do veiculo, Carlos assustado perguntou:
-         O que significa isso?
-         Quero que você conheça meu quinto marido.
O homem apontando uma arma disse para seguir. Carlos dirigia sem rumo sempre orientado pelo homem, em um semáforo teve que parar, pois estava fechado o homem disse para ele não tentar nada ou levaria tiro, nesse momento surge um menino oferecendo um panfleto de anúncios, o homem disse para não baixar o vidro e dar sinal que não queria, Carlos fez como o homem pediu, o menino saiu e Carlos olhando pelo retrovisor viu que o menino se abaixou e mexeu no pneu do veiculo depois foi até um policial que estava de motocicleta logo atrás e apontou para o veiculo, o semáforo abril e Carlos seguiu, o policial o seguiu e pediu para encostar porque o pneu furou, quando Carlos encostou o homem desceu do carro e saiu correndo, o policial correu atrás e o capturou e trouxe até Carlos perguntando o que estava acontecendo, Carlos disse que estava sendo seqüestrado. Carlos chamou o menino e agradeceu pela ajuda e ofereceu uma recompensa, mas o menino não aceitou, Carlos viu que se tratava de um menino de rua, mas sentiu algo estranho, parecia que já o conhecia de algum lugar, mas não era possível porque ele nunca tinha se envolvido com alguém naquela situação, então para ajudar e não perder ele de vista e para descobrir o motivo de tal sentimento Carlos ofereceu ao menino um emprego de caseiro em sua casa de praia, o menino sorriu e disse que gostaria muito, mas antes teria que falar com sua mãe, então Carlos deu seu cartão com o numero do celular e pediu que ligasse assim que falasse com sua mãe que ele mandaria alguém buscar onde estivesse.
Amado falou com sua mãe, como ela não aceitou ele continuou sua vida de entregador de panfletos.
O tempo passou e uma semana depois um dos colegas de Carla disse que tinha um homem procurando o menino Amado pela cidade, Carla ficou muito preocupada pensando que podia ser um dos seus irmãos que talvez tivessem descoberto que ela tinha um filho, então ela chamou o menino amado e disse que teriam que mudar de cidade, pois não estariam mais seguros em Curitiba, como estava começando o verão o menino amado sugeriu se mudarem a uma praia assim poderia vender picolé e ganhar um bom dinheiro que de para se virar logo no começo, então sugeriu aceitar o emprego oferecido por aquele homem. Carla disse que até poderiam morar em uma praia, mas teria que ser uma bem longe de Curitiba, pois em praia perto da que ela morava ela não aceitaria. O menino Amado pegou os dólares que tinha juntado e trocou com o senhor Hilário, seu amigo comerciante e aproveitou para pedir uma sugestão de uma praia bem longe, o senhor Hilário disse que se a idéia dele era vender picolé teria que ir a uma região mais quente, então sugeriu uma praia do espírito santo, disse que tinha uma praia que ele gostava muito, chamada praia de Carapebus que fica a uns 1500 km de distancia. Então o menino Amado comprou umas roupas novas para ele e sua mãe, Carla comprou as passagens e com um pouco de sorte passaram despercebidos entraram no ônibus e foram para o espírito santo, chegando a carapebus a 1382 km de distancia. Chegando à cidade eles se alojaram em uma pousada, o menino Amado sem perder tempo procurou uma sorveteria e pediu uma caixa com picolé para vender na praia, como Amado não tinha certidão de nascimento o homem se recusou a fornecer o picolé, pois não tinha garantia de que ele voltaria com a caixa. O menino Amado propôs pagar pelo picolé e pela caixa se o homem devolvesse o dinheiro da caixa no final do dia, o homem disse que gostou da proposta e por isso não iria cobrar pela caixa, bastava pagar pelos picolés adiantados. Amado saiu vendendo o picolé no grito OLHA O PICOOOOLÉ, no final do dia depois de vender varias caixas de picolé o menino Amado já queria deixar o picolé pago para o dia seguinte, o homem disse que não precisava mais pagar adiantado, ele podia pegar o picolé vender e depois pagar. Amado voltou para a pousada e como não tinham dinheiro para pagar por mais diárias eles foram pra rua, amado já tinha arrumado um canto seguro para ficarem. Uma semana depois o homem da sorveteria vendo o esforço do menino Amado se simpatizou com ele, mas percebeu que desde o primeiro dia ele estava com a mesma roupa, estava até cheirando mal, então perguntou se ele não tinha outra roupa para vestiu, assim o menino Amado contou ao homem sua historia de vida, disse que morava na rua, como não tinha casa não podia ter muitas roupas, pois não tinha como guardar e nem como lavar. O homem sensibilizado com a historia do menino ofereceu a ele uma de suas quitinete que ele alugava para os jovens veranistas, não era grande, mas tinha um quarto com beliche e uma cozinha com um fogão e eles podiam morar ali o tempo que precisassem, o menino chamou sua mãe e o homem mostrou a quitinete e disse que o banheiro e o tanque era utilizado por todos no verão, disse para Carla trazer suas coisas e morar ali. Carla disse que não tinha nada, apenas a roupa do corpo, então o homem conversou com sua esposa e separaram umas roupas dela de seu filho que tinha aproximadamente a idade de Amado e também separaram alguns mantimentos, materiais de limpeza, pratos talheres, panelas e entregaram a eles. Carla ficou tão contente que nem sabia como agradecer, o homem disse para ela não se preocupar porque algum dia de alguma forma ela iria pagar aquele favor.
O menino foi trabalhar com a venda de picolé, no final do dia ele foi a uma farmácia e comprou um par de brincos, batom e esmaltes para sua mãe, a noite já tomada banha de roupas limpas e já jantado uma refeição que há muito tempo Carla não comia e que Amado nunca havia comido em sua vida. Carla estava sentada na cama com os brincos nas orelhas de batom nos lábios e com o vidro de esmalte nas mãos olhou para as unhas e disse:
-         Meu filho esse esmalte é muito bonito nem adianta passar ele com as unhas desse jeito.
-         Mãe é melhor a senhora ir primeiro a uma manicure fazer as unhas e só depois procurar emprego, pois mais produzida será mais fácil, a senhora usa o dinheiro que temos guardado o dinheiro que ganho vendendo picolé da pra nós comer e ainda sobra para comprar mais alguma coisa.
-         É filho essa casa com água e luz custa dinheiro, devemos dar algum dinheiro para o dono, e depois você vende picolé agora no verão, quando o inverno chegar você não vai vender tanto, então eu preciso arrumar um emprego agora para quando chegar o inverno poder comprar o que comer.
-         Esta bem mãe, a senhora tem razão, faça isso.
No dia seguinte o menino Amado foi vender picolé e Carla foi ao cabeleireiro, fez um tratamento nos cabelos, fez uma limpeza de pele e uma boa maquiagem no rosto e fez as unhas ficando mais linda.  Depois de produzida se sentindo mais poderosa toda feliz ela foi até a sorveteria para mostrar ao seu filho, ao chegar à sorveteria o dono ficou muito admirado com tanta beleza e disse que estava precisando de alguém para servir os sorvetes na sorveteria, Carla disse:
-         Senhor eu ficaria muito feliz em trabalhar com o senhor, mas será que da para trabalhar aqui e ainda fazer almoço para mim e meu filho ali em casa?
-         Vocês almoçam aqui assim ninguém perde tempo, pois é na hora do almoço que tem mais fregueses.
-         Mas assim vou dar mais gastos para o senhor com refeição para eu meu filho Amado.
-         Eu desconto um pequeno valor de seu salário, assim você gasta menos não tendo que fazer almoço em casa e eu ganho mais tendo você me ajudando o tempo todo.
-         Bom se o senhor acha que compensa eu aceito o emprego como o maior prazer, o senhor não vai se arrepender eu prometo que farei de tudo para ser a melhor funcionaria que o senhor já teve, se o senhor quiser eu começo agora mesmo.
-         Então começa me dizendo se nome.
-         Meu nome é Carla e o senhor?
-         O meu é Juvenal, agora entra para dentro do balcão, coloque o avental, pegue um pano e comece limpando as mesas, depois conforme os fregueses forem chegando, ou vou te ensinando como preparar os sorvetes.
Assim Carla ficou empregada, com sua beleza e simpatia o movimento da sorveteria aumentou consideravelmente.
Enquanto isso Carlos procurava pelo menino de rua, pois o rosto daquele menino não saia de sua mente, sentia que precisava encontrar-lo, ele saiu caminhando pelas ruas de Curitiba e encontrou um grupo de meninos e perguntaram sobre o garoto, os meninos disseram que conheciam, mas há muito tempo ele sumiu da cidade e nunca mais foi visto por ninguém. Carlos deu seu cartão para os meninos e disse que precisava muito falar com ele para agradecer por ele ter-lo salvo de um seqüestro.
Um dos meninos disse:
-         Então foi o senhor que o Amado salvou do seqüestro?
-         Amado?
-         É o nome dele.
-         Você não sabe onde ele foi?
-         A mãe dele foi embora da cidade com ele, mas ninguém sabe para onde porque a mãe dele achava que os irmãos dela estavam procurando por eles, mas ela não queria mais voltar para casa porque eles mataram o namorado dela na praia de matinhos, parece que ela fugiu para capital esperando um filho do rapaz que ela tinha ficado na noite de reveon, mas os irmãos dela o levaram para o alto mar.
Ao ouvir isso Carlos começou a chorar, suas pernas começaram a tremer.
Carlos se sentou na calçada e ficou quieto só ouvindo o menino falar, o menino perguntou se ele estava bem, Carlos pediu um copo com água, outro menino entrou em um bar que tinha próximo e trouxe um copo com água. Carlos tomou a água e contou o que tinha acontecido naquele dia, os meninos disseram que eram muito pequenos na época alguns deles nem eram nascidos então chamaram um homem que tinha ajudado a criar o menino, o homem se aproximou perguntando:
-         O senhor é o pai do menino amado?
-         Pelo o que esses meninos me disseram sou sim.
-         A menina Carla disse que o senhor havia morrido.
-         Carla?
-         É o nome dela, o senhor não sabia?
-         Nós ficamos juntos a noite toda e nem dissemos os nossos nomes.
-         Então vou dizer o que aconteceu. Ela chegou aqui sem nada e com fome, nós damos e que comer e ela ficou aqui com a gente, logo descobriu que estava grávida e nós prometemos ajudar-la na gestação e criação da criança, o menino nascer bem e foi criado aqui, ele não aprendeu a fumar nem beber, é bem educado e sabe ler e escrever, mas só o que a mãe pode ensinar, pois o menino não tinha documentos e não podia ir à escola, nós prometemos amar e cuidar bem da criança por isso ela disse que ele se chamaria Amado.
Carlos prometeu que a partir daquele dia passaria a trabalhar em prol dos meninos de ruas, entregou um cartão para o homem e disse que sempre que precisasse de um advogado podia ligar que não cobraria pelos serviços prestados.
Ao chegar a casa Carlos contou toda a historia para seus pais e depois todo feliz e cheio de esperança passou a freqüentar mais a igreja e ajudar mais as pessoas carentes, contratou um bom detetive para procurar por Carla e o Amado, no inverno Carlos fazia promoções beneficentes para arrecadar cobertores roupas e alimentos para os necessitados. Carlos alugou um grande estabelecimento no centro da cidade e com o apoio da comunidade e dos empresários ele servia almoço e janta para os meninos das ruas. Um ano mais tarde ele estava famoso na cidade, todos o reconheciam e cumprimentava, foi ai que ele teve a idéia de entrar para a política para que quem sabe assim fosse visto e reconhecido por Carla, ele começou se candidatando como vereador, em suas campanhas ele sempre contava sua historia, sempre dizia que estava solteiro e que estava à procura de sua amada e seu filho, dizia que eles pensavam que ele estava morto.
Carlos passou dois anos como vereador sempre trabalhando em prol dos necessitados, depois se candidatou como deputado estadual onde passou os quatro anos apresentando grandes projetos sempre beneficiando os mais carentes. Depois se candidatou a deputado federal e com isso passou a anunciar com mais freqüência a sua procura por Carla e seu filho Amado.
Longe dali Carla continuava em seu trabalho na sorveteria, muitos rapazes freqüentava a sorveteria só por causa dela, Carla era muito simpática com os fregueses, principalmente com os rapazes que sempre a elogiava, ela sempre brincava com eles, mas nunca levava nada a sério, pois não queria se envolver com ninguém.
Amado continuava vendendo picolé e quando chovia ele ia pescar no mar, ele sempre dividia o peixe, um pouco para ele um pouco para o dono da sorveteria e o restante ele vendia.
Um dia Carla chamou Amado e disse:
-         Filho e estava pensando, nós saímos da cidade onde você nasceu e viemos morar aqui para não sermos encontrados pelos seus tios, mas eu ainda tenho medo de que eles podem nos encontrar, então para que eu possa ficar mais tranqüila eu acho que é melhor nós mudar nossos nomes, já que moramos a pouco tempo nesta cidade e somos poucos conhecidos, será mais fácil para nos adaptar com um novo nome, como você já tem doze anos você mesmo pode escolher seu novo nome, o que você acha?
-         Bom mãe nós realmente somos poucos conhecidos, mas eu quero ficar bastante conhecido, meus poucos amigos não gostam de me chamar pelo meu nome, eles me chamam por apelidos, então já que posso mudar meu nome vou escolher um nome bem fácil, eu acho Paulo um nome bom e simples o que a senhora acha?
-         Ótimo filho gostei muito, então esse será o seu nome, o problema é que eu gosto muito do meu nome acha muito bonito, não tenho nenhuma idéia.
-         Mãe então porque a senhora não usa um nome que seja mais ou menos parecido com Carla?
-         Mas qual filho? Não conheço nenhum.
-         Que tal Claudia
-         É isso ai filho, adorei esse nome, é até melhor que Carla.
-         Então dona Claudia esse é seu novo nome.
-         É senhor Paulo agora somos Claudia e Paulo
Assim ficaram por horas um dizendo para o outro, meu filho Paulo, minha mãe Claudia.
No dia seguinte Carla que passou a se chamar Claudia chegou à sorveteria o patrão disse:
-         Bom dia dona Carla.
-         Bom dia senhor Juvenal, mas meu nome é Claudia.
-         Mas eu sempre te chamei de Carla e você nunca disse nada.
-         É que eu mudei meu nome, a partir de hoje passo a me chamar Claudia e meu filho Paulo.
-         Tudo bem então, bom dia dona Claudia.
-         Mas o senhor não precisa me chamar de dona.
-         Então bom dia Claudia.
-         Bom dia seu Juvenal.
Claudia trabalhou todo o verão na sorveteria sempre preocupada com o que iria fazer no inverno, então conversando com o senhor Juvenal ela perguntou se quando chegasse o inverno ele iria fechar a sorveteria.
O senhor Juvenal com um sorriso no rosto disse:
-         Você esta com medo de ficar sem emprego?
-         Não é isso não, é que eu não quero deixar de trabalhar para o senhor, sempre que precisei o senhor sempre me ajudou.
-         Você acha que eu vou deixar você sair daqui e arriscar perder mais da metade de meus clientes? De modo algum, eu vou fazer churrasco feijoada dobradinha etc. e vou continuar com minha melhor funcionaria, e depois aqui não é igual La no Paraná, aqui faz calor o ano todo.
-         Claudia ficou muito contente e começou a fazer planos para o futuro e sempre dizia para o senhor Juvenal o que pretendia fazer, o senhor Juvenal disse que para ela garantir um melhor futuro para ela e para seu filho ele iria registrar-la, assim ela teria direito a PASEP fundo de garantia, seguro desemprego e poderia fazer prestações com mais seguranças.
-         Mas senhor Juvenal eu não tenho carteira de trabalho, certidão de nascimento nem CPF, não posso ser registrada.
-         Então amanhã você tira o dia de folga para fazer seus documentos.
Claudia não disse nada, a noite em casa ela chamou seu filho que agora se chama Paulo e disse:
-         Filho o senhor Juvenal quer me registrar no emprego.
-         Isso é muito bom mãe.
-         Mas filho eu não tenho nenhum documento.
-         É só fazer.
-         Mas filho eu já sou registrada como Carla não posso tirar a segunda via porque se eu fizer isso meus parentes podem me encontrar e isso eu não quero.
-         Mãe eu logo terei dezesseis anos e logo começarei a namorar depois quando eu fizer dezoito anos terei que me alistar então eu precisarei de documentos e a senhora também, pois não podemos viver a vida toda como indigentes como à senhora só tinha certidão de nascimento, nunca fez identidade ou CPF e nenhum documento que tivesse impressão digital, então a senhora pode dizer que foi criada nas ruas e não sabe quem é seus pais, a senhora pode até escolher uma nova data de nascimento, pode também se registrar como se estivesse nascida aqui nesta cidade.
No dia seguinte Claudia foi com Paulo a um cartório, explicou seu problema e conseguiu sua certidão de nascimento e a do seu filho, assim ela passou a ser Claudia Rodrigues de Souza e seu filho Paulo Rodrigues de Souza. Enquanto fazia os registros foi informada como fazer identidade CPF, e carteira de trabalho dela e de seu filho, em poucos dias ela já tinha quase todos os documentos, faltava apenas o titulo eleitoral. O senhor Juvenal vendo o esforço de Claudia explicou para ela como fazer o titulo e disse para ela abrir uma conta bancaria.
Claudia fez tudo o que precisava e começou a guardar dinheiro no banco com o objetivo de comprar um terreno e construir sua casa, para isso ela comprava somente o básico, não tinha geladeira, televisão, maquina de lavar roupas nem mesmo um guarda roupas.
Paulo procurou um colégio, conversou com a direção, contou sua historia de vida fez uns testes e como sabia ler e escrever e tinha uma boa noção de matemática à diretora do colégio providenciou para que ele começasse a estudar na quarta série do primário. Paulo se dedicou muito foi muito elogiado pelos professores e pela diretora. Como Paulo já estava com dezesseis anos à diretora aconselhou Paulo a estudar através do ensino por modulo, como ele era muito inteligente e dedicado ele poderia recuperar o tempo de estudo perdido.
Paulo seguiu o conselho da diretora e com dois anos concluiu o segundo grau. Paulo se alistou no exercito e foi convocado para servir no pelotão da cavalaria de Brasília.
Claudia com muito esforço e economia comprou um terreno e com a ajuda dos amigos construiu uma casa com dois cômodos. Claudia continuou poupando para poder aumentar sua casa, mas suas despesas aumentaram, pois tinha que pagar água luz e imposto de renda, o que antes não pagava.
Era um ano político e Claudia não tinha idéia em quem votar, não sabia nem mesmo os nomes dos candidatos, então ela pediu opinião ao seu patrão, ao chegar no serviço ela perguntou:
-         Chefe o senhor já sabe em quem vai votar neste ano?
-         Sim Claudia eu já tenho meus candidatos definidos.
-         Quem são?
-         Não posso dizer, pois o voto é secreto, mas por quê?
-         É que eu não acompanho a política e não conheço nenhum candidato então não tenho em quem votar, por isso estou pedindo opinião para o senhor, porque o senhor é um homem muito bom tem um grande coração, tenho certeza que saberá qual são os melhores candidatos.
-         Bom Claudia, bons candidatos não existem, o que existe são candidatos menos ruim, eu tenho alguns folhetos dos candidatos que irei votar, se você quiser votar neles, eles não são ruins, mas eu te aconselho a acompanhar a política para ter suas próprias opiniões, eu só te peço que não mude de opinião quanto ao candidato a deputado federal, o deputado Carlos é o melhor político que eu já vi, ele fez ótimos projetos para os brasileiros e tem grandes planos, também ajuda muito os pobres e necessitados.
-         Esta bem chefe, eu vou votar nos candidatos que o senhor votar.
-         Mas Claudia, porque você não assiste a política na televisão? É muito bom para você ficar a par da política do nosso país.
-          Eu não tenho televisão, mas vou comprar uma no mês que vem para assistir os jornais e acompanhar melhor as eleições.
-         Pois bem Claudia, neste fim de semana o candidato a governador vai vir junto com os candidatos a deputados estaduais e federais aqui na cidade, você já pode conhecer os projetos deles indo assistir.
-         Eu irei sim chefe.
Assim quando chegou o domingo Claudia fui com Paulo até a praça da cidade para ver os candidatos, quando ela chegou os candidatos ainda não tinham chegados. Claudia e Paulo ficaram no meio dos eleitores do deputado Carlos; ela gritava junto com o pessoal, Carlos, Carlos, Carlos.
Quando o deputado Carlos subiu no piquete e olhou para o povo, Claudia ao ver aquele homem loiro de olhos azuis e com um lindo sorriso nos lábios ela não via nem ouvia mais nada, o que ela não entendeu é porque ele fechou o sorriso ao vê-la.
O comício acabou o povo foi embora e Carlos não falou nada.
Claudia foi para casa e ficou pensando como fazer para ver aquele homem novamente, então na loja e comprou uma televisão só para vê-lo.
Durante esse tempo Carlos vivia sua vida de político, sempre a procura de sua amada e de seu filho, sempre fazendo um ótimo trabalho e sempre ajudando os pobres e carentes, se lançou candidato a deputado federal pela segunda vez, sempre que ia a um comício ele preparava um discurso e ensaiava em casa para decorar e não precisar ler durante o discurso, enquanto ele ensaiava seus pais ficavam assistindo para opinar se estava bom ou se era muito enjoativo, ele sempre fazia um discurso rápido e objetivo para não cansar seus eleitores, sempre no final ele falava de sua procura por Carla e seu filho Amado.
Antes de Carlos fazer seu primeiro discurso para o segundo mandato seu pai chamou para uma conversa:
-         Filho eu preciso conversar com você.
-         O que aconteceu pai, algum problema?
-         Não filho, eu quero falar sobre sua procura por essa moça Carla. Sabe filho já faz mais de dezoito anos que você não vê essa moça e ela pensava que você estaria morto por isso eu acredito que ela deve ter um marido, uma família, porque ela não iria ficar esse tempo todo sozinha, também como você vem procurando por ela e falando em rede nacional todo o povo sabe de sua historia, é praticamente impossível ela não ter ouvido, então se ela quisesse encontrar você já teria te procurado.
-         Mas pai ela pensa que eu estou morto, por isso não me procurou.
-         Filho com sua campanha é certo que ela sabe que você esta vivo, se ela não te procurou ainda é porque deve estar casado.
-         Será pai?
-         Olha filho você já esta com trinta e cinco anos de idade, você precisa se casar formar uma família deve procurar outra pessoa para ser feliz. Outra coisa você com essa obsessão em procurar essa tal Carla você pode deixar ela em uma situação ruim, se ela tiver marido e outros filhos imagina só como ela vai se sentir.
-         O senhor tem razão meu pai, eu vou parar de procurar por Carla, mas não garanto que vou ficar com outro alguém, mas prometo me esforçar.
Com isso Carlos parou de procurar por Carla, mas continuou com a política. Ele se tornou um político muito forte, ficou bastante conhecido, quando participava de um comício o povo aparecia em massa, sempre que um candidato do mesmo partido programava um evento convidava ele, quando Carlos subia no piquete ele se sentia muito feliz porque o povo gritava seu nome, tinha muitas faixas com mensagens, seu nome se seu numero. Um dia ele foi convidado para participar de um comício em uma pequena cidade no litoral do Espírito Santo. Carlos sempre fazia suas campanhas na região sul do pais, então aceitou o convite, queria saber como estava o seu eleitorado naquela região. Quando Carlos subiu no piquete ficou feliz e muito surpreso, pois, não sabia que seu eleitorado era tão grande o povo pulava e gritava seu nome, Carlos, Carlos, Carlos. Quando ele olhou para o povo viu ao funda uma mulher muito bonita olhando para ele, quieta e séria, Carlos não a reconheceu, mas, ao ver aquela mulher ele sentiu um aperto no peito, ele não via mais nada nem ninguém, apenas aquela linda mulher olhando para ele, ele nem fez seu discurso, quando percebeu o comício já tinha acabado e seu colega candidato a deputado estadual estava chamando para descer do piquete.
Carlos nunca mais esqueceu aquela linda mulher, o tempo passou Carlos venceu as eleições e seguiu ajudando os mais necessitados, um dia conversando com um amigo, Carlos se desabafou contando sua historia e falou sobre a mulher que tinha visto no litoral do Espírito Santo, seu amigo disse que para esquecer um grande amor somente com um novo amor; Carlos se lembrou de uma viúva muito bonita que havia se insinuado para ele em uma convenção em Brasília. Carlos alugou um apartamento perto da casa dela e começou um relacionamento, eles saiam muitos juntos, jantar, cinema, motel. Etc. por fim resolveram se casar marcaram a data, enviaram convites para todos os políticos de Brasília, deixaram tudo pronto para o casamento.
Enquanto isso longe dali, Claudia chegou para o trabalho, arrumou as mesas, preparou o balcão deixou tudo pronto e disse para o senhor Juvenal:
-         Chefe o senhor me libera por um instante para eu ir a loja comprar uma TV?
-         Você disse que iria comprar a TV só no mês que vem.
-         É mas depois que vi aquele lindo homem ontem no comício resolvi comprar logo para acompanhar a campanha dele.
-         Que homem?
-         O deputado Carlos.
-         Claudia você não pode escolher os candidatos só pela beleza,
-         O senhor vai me desculpar chefe eu posso até escolher os candidatos com mais responsabilidade, mas aquele homem eu vou votar nele pela beleza sim.
-         Tudo bem, mas que seja só ele.
-         Pode deixar chefe eu vou votar nos candidatos que o senhor votar, o senhor vai votar nele mesmo não é?
-         É verdade, pode ir comprar sua TV.
Claudia foi até a loja comprar sua televisão e teve o desprazer de conhecer o senhor Genésio dono da loja, era um homem muito feio, era calvo, zarolho, tinha um corte no lábio superior e ainda era fanho. Aquele homem não tirava o olho dela. Claudia comprou sua televisão e foi embora sem dar nenhuma atenção para aquele homem. A partir daquele dia todos os dias Claudia observava que todos os dias um veiculo de luxo passava em frente sua casa bem devagar, Claudia irritada disse para parar e viu que era o dono da loja, então perguntou:
-         Porque o senhor passa por aqui todos os dias e devagar?
-         Eu passo por aqui só para ver você.
-         Então pode parar de passar porque o senhor não tem a menor chance.
-         Por quê?
-         O senhor não que mesmo que eu diga quer?
-         Claro que eu quero. Pode dizer.
Claudia furiosa perdeu o controle e disse:
-         Porque o senhor é velho e feio que dói.
-         Mas eu sou rico.
-         Mas eu não estou à venda e, por favor, somo daqui.
-         Eu vou, mas quando você tiver a venda eu volto.
O homem disse isso saindo com o carro.
Claudia disse em voz alta:
-         Pode esperar sentado seu idiota.
Claudia correu para dentro de casa deitou na cama e ficou chorando muito furiosa até que começou o horário político, quando Claudia viu o deputado Carlos na TV ela se acalmou e até esqueceu aquele homem horroroso.
No dia seguinte Claudia foi ao trabalho.  O tempo passou e Claudia estava muito contente, ela estava empregada seu filho estava servindo o exercito ela tinha casa mobiliada, só faltava um marido para ficar completo.
Um dia ao chegar a casa Claudia estranhou o fato de vários policiais estarem em frente sua residência Claudia preocupada perguntou:
-         O que esta acontecendo aqui?
O comandante da policia perguntou:
-         A senhora mora aqui?
-         Eu moro aqui sim por quê?
-         Nós recebemos uma denuncia anônima de que aqui funciona um ponto de venda de drogas.
-         Não senhor aqui ninguém mexe com isso, eu sou uma mulher direito tenho meu emprego, não preciso disso.
-         Nós temos um mandato para revistar a residência da senhora.
-         Podem ficar a vontade, revistem tudo, pois não tenho nada a esconder.
Os homens entraram e reviraram tudo e encontraram em baixo da cama de Claudia um pacote de cocaína então disseram para Claudia:
-         A senhora terá que nos acompanhar até a delegacia.
Claudia disse que não estava entendendo, aquilo não era dela, mas não teve jeito, foi presa.
Claudia não tinha dinheiro para pagar advogado não teve como se defender, ficou presa. Passou uma semana e Claudia continuava presa, foi ai que apareceu o senhor Genésio dono da loja onde ela tinha comprado a televisão e disse:
-         Ola dano Claudia.
-         O que o senhor quer aqui?
-         Eu vim oferecer minha ajuda.
-         Como o senhor pode me ajudar?
-         Posso pagar um advogado para tirar você daqui.
-         Pode é? O senhor faria isso por mim?
-         Faço mas, tem uma condição.
-         Qual é a condição?
-         Você se casa comigo assim que sair.
-         Nunca, isso não, eu já disse que não estou à venda.
-         Então você vai ficar presa, pois não tem dinheiro para pagar advogado.
-         Eu tenho uma casa com terreno, posso vender para pagar um advogado.
-         Então para você não dizer que sou ruim eu vou comprar sua casa, quanto você quer pela casa com o terreno.
Claudia vendeu sua casa para o senhor Genésio mesmo, depois com a ajuda senhor Juvenal dono da sorveteria, ela contratou um advogado e saiu da prisão, ficou respondendo o processo em liberdade, ficou sem casa sem terreno e sem dinheiro, voltou a morar na casa do dono da sorveteria, o dinheiro acabou e ela não pode mais pagar o advogado e como não teve como provar que a droga não era dela, foi condenada a cinco anos de prisão. Depois de uma semana presa Claudia já estava de olho roxo por ter brigado com umas mulheres que queriam abusar sexualmente dela. Então o senhor Genésio voltou a visitar-la e disse:
-         Olha dona Claudia eu posso tirar a senhora daqui, posso dar para a senhora casa carro, jóias, posso dar uma vida tranqüila com tudo que você quiser, é só aceitar se casar comigo, ou então ficara presa aqui sofrendo todo o tipo de abusos, pelo jeito de seu olho você deva saber o que estou falando.
-         Mas eu não gosto do senhor.
-         Não me importo, eu quero você como minha esposa.
Claudia ficou sem alternativa, sua única saída seria aceitando a proposta.
Claudia disse que aceitaria se casar, o senhor Genésio pegou seu celular e ligou para seu advogado em meia hora Claudia estava solta.
Quando chegou a casa Claudia escreveu uma carta para seu filho que estava no exercito em Brasília avisando de seu casamento, ela descreveu o homem disse que era o dia mais triste de sua vida e explicou o motivo pelo qual iria se casar com ele, disse que se casaria no sábado as vinte e uma horas na igrejinha da cidade, onde ela freqüentava.
Paulo se hospedava no quartel, sempre que estava de folga ele saia para festar com seus amigos do pelotão eles não bebiam muito, pois não podiam chegar ao quartel bêbado, mas o recruta Felipe morava na cidade com os pais, então bebeu muito e ficou embriagado tanto que não podia caminhar então Paulo foi levar-lo para casa, ao chegar a casa os pais de Felipe ainda estavam acordados e vieram receber-los, o pai de Felipe agradeceu Paulo e perguntou:
-         Onde você mora rapaz?
-         Estou hospedado no quartel.
-         Você não mora na cidade?
-         Não senhor, eu moro no espírito santo.
-         Então entra para dentro, nos temos quarto sobrando, você dorme aqui e amanhã almoça com a gente.
-         Eu não quero incomodar.
-         Não será incomodo, você fica aqui enquanto estiver na cidade.
Paulo aceitou ficar com eles, no dia seguinte a família convidou Paulo para ir com eles a um casamento de um deputado e Paulo disse:
-         Mas eu não fui convidado, nem conheço esse deputado.
-         Não tem problema Paulo você vai como meu irmão.
O pai de Felipe disse:
-         É isso ai filho o convite é para a família e eles não sabem quantos filhos nós temos.
-         Sendo assim se vocês fazem questão eu vou com vocês.
Assim Paulo passou o fim de semana com a família e na segunda voltou para o quartel com Felipe e a amizade deles ficou ainda mais forte na quinta feira Paulo recebeu a carta de sua mãe e ficou chocado com a noticia do casamento dela, ele chorou a noite toda e no dia seguinte não demonstrou sua tristeza, no final do dia fui com seu amigo para a casa dele, no sábado Paulo estava quieto, almoçou triste e pensativo, então o pai de Felipe perguntou:
-         Algum problema Paulo? Percebemos que você esta abatido, não que desabafar te fará bem?
Então Paulo contou o que estava acontecendo e se acalmou, após o almoço foram ao casamento que seria realizado às 15 horas. Chegando à igreja como os pais do rapaz eram testemunha eles sentaram na primeira fila. Paulo e Felipe sentaram na segunda fila e Por acaso os pais do noivo estavam sentados bem na frente deles. Quando Paulo viu o noivo disse para seu amigo:
-         Parece que eu conheço esse homem.
-         Mais é claro que você conhece, ele é deputado federal, aparece direto na televisão.
-         Eu não assisto televisão, parece que eu conheço pessoalmente, só não me lembro de onde.
Paulo ficou pensativo tentando lembrar-se de onde conhecia aquele homem, enquanto isso o casamento estava sendo realizado.
Quando o padre disse:
-         Alguém tem algo que impeça esse casamento fale agora.
Neste momento Carlos olhou para trás, e Paulo ao ver o rosto dele disse baixinho para seu amigo:
-         Eu salvei esse homem de um seqüestro La em Curitiba.
O pai de Carlos estava bem ao lado de Paulo e ouviu o que ele disse.
Carlos ao ver Carlos cochichando ficou apreensivo, nesse momento o padre disse:
-         Por favor, vire para frente para continuar a cerimônia, como não tem nada que impede esse.
Nesse momento o pai de Carlos disse:
-         Um momento padre.
Todos os convidados olharam para o pai do noivo e ficaram cochichando.
Então o padre disse:
-         O senhor tem algo a declarar?
-         Eu preciso falar com meu filho antes de consumar esse casamento.
Carlos foi até seu pai ao canto retirado do altar e seu pai disse:
-         Filho aquele rapaz que esta sentado ao meu é seu filho
-         O que, como assim?
-         Ele disse que salvou você de um seqüestro em Curitiba.
Carlos foi até Paulo e perguntou:
-         Qual é seu nome rapaz?
-         Meu nome é Paulo senhor.
-         Você disse que me salvou de um seqüestro em Curitiba?
-         Sim senhor, fui eu quem furou a pneu do seu carro para salvar-lo de um seqüestro.
-         Mas o menino que me salvou não se chamava Paulo.
-         Meu nome era Amado senhor, mas não era registrado, quando me registrei mudei para Paulo.
-         E sua mãe como se chama?
-         Minha mãe se chama Claudia, mas na época era Carla, mas porque tanta pergunta senhor?
-         Sua mãe é casada?
-         Ela casa hoje, mas o senhor não me respondeu o porquê.
-         Então posso perder minhas esperanças.
-         Mas o senhor ainda não me disse o porquê?
-         Há muitos anos eu me apaixonei por ela e passei toda a minha juventude procurando por ela.
-         Ela casa hoje as vinte e uma horas, mas ela esta sendo obrigada pelas circunstancia, ela me escreveu dizendo que viu o senhor em um comício em minha cidade e por isso comprou uma TV só para ver-lo, mas agora é tarde, pois ele se casa daqui a quatro horas e meia, não da mais tempo do senhor salvar-la.
-         Porque salvar-la?
-         Ela não quer se casar, não com aquele homem, ela esta sendo obrigada.
-         E se formos de avião, será que da tempo?
-         Se pegar o avião agora talvez.
-         Então vamos.
Carlos puxou Paulo pela mão e saiu andando rápido.
-         Mas senhor eu estou servindo o exercito não posso abandonar o batalhão.
-         Eu sou deputado federal, depois eu resolvo isso.
-         Como o senhor conheceu minha mãe?
-         No caminho eu te explico.
Nesse momento os paparazes estavam atrás deles, registrando tudo.
O s convidados ficaram perplexos e confusos, a noiva ficou perdida, não sabia se chorava se ia embora, se ficava ali ou se escondia embaixo do altar.
Carlos foi direto para o aeroporto, alugou um pequeno avião e junto com Paulo foram para o Espírito Santo, como em Carapebus não tem aeroporto, desceram em Vitória a vinte km de distancia, pegaram um taxi e Carlos disse ao motorista que se chegasse à igreja da praia de Carapebus antes das vinte e uma horas ele pagaria por todo o dia de trabalho, o motorista disse que poderia chegar, mas o problema seria as multas, Carlos disse que pagaria todas as multas que viesse a ocorrer. O motorista corria tanto que nas curvas cantava pneu, quando faltava apenas um km para chegar o motorista entrou de lado em uma esquina, tinha um buraco e não teve como desviar, a roda bateu no buraco, estourou o pneu e entortou o aro e não teve mais como prosseguir. Carlos olhou para o relógio e viu que já era vinte e uma horas então disse:

-         Tarde demais, não da mais tempo.
-         Da sim.
Paulo desceu do carro e saiu correndo rumo à igreja e Carlos correu atrás, mas como estava fora de forma e Paulo era do exercito Carlos ficou para traz.
Antes de isso acontecer, Claudia estava em sua casa com a TV ligada sempre esperando o deputado Carlos aparecer, pois ela não deixava de pensar nele, não foi mais trabalhar, pois não tinha condições e seu noivo não queria que ela trabalhasse, mas ela convidou o dono da sorveteria para levar-la até ao altar, ele aceitou, mas disse que seria pior que levar-la para a prisão. Claudia escreveu uma carta para seu filho dizendo que não conseguia se esquecer do deputado Carlos, mas que não tinha esperança, pois ele não sabia nem que ela existia e que ele além de não voltar mais para aquela cidadezinha não iria nem pensar em se envolver com uma pessoa que não tem nada e que ainda esteve presa. Claudia rezava e chorava muito pedindo ajuda porque não queria se casar, mas não teve jeito, ela tentou desistir, mas o noivo disse que se ela não se casasse com ele ela voltaria para a prisão.
O homem levou Claudia a uma loja e disse para ela escolher o vestido de noiva, Claudia disse que qualquer vestido serviria e falou que ele mesmo podia escolher, o homem disse que o noivo não podia ver a noiva de vestido antes do casamento, então ela teria que escolher sem ele ver, podia escolher o vestido que quisesse, mas tinha que ser um vestido branco. Claudia queria escolhe um vestido preto, mas como o noivo exigiu que fosse branco, ela escolheu o vestido mais caro que a loja podia oferecer, só para judiar do homem, mas ele era muito rico e nem se importou com o preço.
Como não teve saída Claudia se arrumou e foi para a igreja levada pelo dono da sorveteria, chegando à frente da igreja ela olhou para os lados na esperança de ver alguém ou alguma coisa que pudesse impedir o casamento, mas não viu nada nem ninguém.
Claudia entrou na igreja, sua tristeza era tanta que ele não se conteve e começou a chorar, quando ela viu no altar esperando por ela, aquele homem de camisa cor de rosa e gravata borboleta vermelha, barrigudo, careca, pois nem teve o capricho de usar uma peruca para disfarçar, zarolho e com aquela cicatriz apavorante nos lábios, Claudia se apavorou, sua cabeça pesava tanto que ela quase não conseguia andar, ela dava três passos para frente e um para trás, a igreja estava vazia, tinha menos de dez convidados, quando Claudia se aproximou o noivo estendeu a mão ela teve uma enorme vontade de sair correndo, mas lembrou que se fizesse isso iria presa, então estendeu a mão para ele, quando o homem foi pegar na mão dela alguém gritou bem alto.
NÃO.
Nesse momento Claudia sentiu como se fosse flutuar, e olhou para trás e viu que era seu filho Paulo, então disse:
-         Filho eu sinto muito, agora é muito tarde eu tenho que me casar com esse homem porque assim será melhor para nós todos.
-         Mas mãe a senhora não será feliz com esse homem.
-         É filho, mas não tenho saída.
-         Tem sim, meu pai veio buscar a senhora.
-         Não diga bobagem, eu já te falei que seu pai morreu antes mesmo de você nascer.
-         Ele não morreu, eu o descobri La em Brasília.
Neste momento Carlos surge atrás de Paulo todo suado de gravata solta com as mãos nos joelhos e ofegante de tão cansado dizendo:
-         Não morri não, eu estou aqui para buscar você.
Claudia ao ver o deputado Carlos vindo em sua direção suas vistas se escureceram e suas pernas começaram a tremer.
Neste momento o noivo disse:
-         O que significa isso? Saem da igreja ou eu chamo a policia e coloco todos vocês na cadeia.
Carlos se aproximou de Claudia e disse:
-         Você ia se casar com isso?
Claudia com a voz mole respondeu?
-         Tenho que me casar ou serei presa.
Carlos abraçou Claudia e disse:
-         Eu sou advogado e deputado federal, jamais deixarei que te prendam.
Nesse momento Claudia desmaiou e Carlos a pegou no colo e foi saindo da igreja.
O noivo disse:
-         Se vocês saírem dessa igreja eu coloco todos na cadeia.
Carlos saiu sem olhar para trás e disse:
-         Tente fazer isso que eu colocarei você na cadeia.
Carlos foi saindo da igreja e o noivo foi para cima dele, Paulo entrou na frente colocou a mão no peito do homem e disse:
-         É melhor não tentar nada porque o senhor certamente vai levar a pior.
Paulo foi saindo da igreja, o senhor Juvenal chegou até ele e disse:
-         Menino vocês tem onde ficar na cidade?
-         Temos nossa casa.
-         Não tem mais, sua mãe vendeu para pagar o advogado, mas eu farei muito gosto se vocês ficarem hospedados em minha casa.
-         O senhor esta de carro ai?
-         Sim, por quê?
-         Nosso taxi quebrou no caminho.
-         Então vamos, eu vou abrir a porta do carro.
Quando chegaram a casa, depois que Claudia se acalmou, Carlos contou toda sua saga em busca de Carla e Claudia contou toda sua historia de vida. O casal de velho senhor Juvenal e esposa ficaram ouvindo e chorando o tempo todo.
Depois de muita conversa, Carlos foi com Claudia a delegacia e usando sua competência como advogado e sua influencia como deputado resolveu todos os problemas de Claudia e ainda processou o dona da loja que queria se casar com Claudia a força. Depois foram para Curitiba onde se casaram. Carlos deixou a política, editou mais alguns livros, escreveu outros, com os lucros dos livros mais a aposentadoria de deputado fundou uma instituição para ajudar os meninos das ruas e as pessoas mais necessitadas.
Paulo serviu o exercito e depois fez faculdade de medicina para ajudar seus pais com a instituição.
Claudia também estudou muito e se formou psicóloga para ajudar seu marido e filho.
Assim foram felizes para sempre até que o avião com a família caiu nas cordilheiras dos Andes e nunca mais foram vistos.

FIM

LANCEI UM LIVRO PELA EDITORA PROTEXTO COM O TITULO O ENTEADO DE DEUS, ACREDITO QUE POR SE TRATAR DE UM ESCRITOR INICIANTE PODERIA SER VENDIDO A UM VALOR BEM MENOR MAS QUEM DETERMINA O PREÇO É A EDITORA, POR ESSE MOTIVO POSTEI MEUS LIVROS EM UM BLOG CONTANDO APENAS COM DOAÇÕES VOLUNTÁRIAS DOS LEITORES.


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